Conservar, resgatar, proteger, conhecer aqueles que aqui viveram e promover a diversidade das expressões e identidades culturais do município e região.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Inauguração da Sede da Associação de Santos Reis e IV Encontro de Folia de Reis
A diretoria da ADERMAB convida para Inauguração da Sede da Associação dos Devotos dos Reis Magos e IV Encontro de Folia de Reis a realizar-se nos dias 14 e 15 de janeiro de 2017, na Rua Bambuí, 253, Centro, Piumhi, Minas Gerais. Confira a programação completa.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Governo de Minas Gerais reconhece Folias de Reis como Patrimônio Imaterial do Estado
Integrantes de diversos grupos foram recebidos pelo governador Fernando Pimentel, que prestou homenagem à tradição mineira
O governador de Minas Gerais,Fernando Pimentel, recebeu na sexta-feira (6/1), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, integrantes de grupos mineiros de Folias de Reis. No dia que marca a comemoração do Dia de Reis, o Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep) reconheceu as Folias de Minas como Patrimônio Imaterial do Estado.
“É um momento importante para nós. Não por coincidência hoje é Dia de Reis, dia 6 de janeiro, e esse é um dos ativos culturais mais importantes de Minas Gerais. A Folia de Reis tem mais de 300 anos que a gente comemora, festeja e que a gente participa. É uma tradição muito cara a todos os mineiros e mineiras. Por isso é com muita alegria que recebo vocês aqui hoje para prestar uma homenagem do povo de Minas Gerais, representado aqui pelo Governo, a todos os grupos de Folia de Reis”, disse o governador Fernando Pimentel.
OInstituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha)apresentou o resultado de uma extensa pesquisa que revelou mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias no estado. Após o encontro com o governador, cerca de 200 integrantes das Folias de Minas se reuniram no Museu Mineiro e saíram em cortejo pelos espaços doCircuito Liberdade.
“Esta tradição vai lá no fundo da alma de Minas Gerais. Desde o início da colonização mineira, do ciclo do ouro, nós temos manifestações ligadas aos Reis Magos. Esse registro é uma documentação completa. O Iepha trabalhou nos últimos dois anos e levantou mais de 1.500 folias em Minas Gerais. Esse reconhecimento é uma chancela, uma espécie de selo de qualidade que se dá a um bem cultural, para que todos prestem atenção a ele”, explicou osecretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo.
Durante a cerimônia, o Governo do Estado também homenageou o professor Affonso Furtado Silva e o presidente da Comissão Mineira de Folclore, José Moreira de Souza, ambos pesquisadores da cultura popular e que contribuíram para a documentação sobre os grupos de Folias de Reis, o que culminou no reconhecimento dessas manifestações como patrimônio imaterial de Minas Gerais.
Esse procedimento, além de propiciar maior visibilidade a essas manifestações da cultura popular, fará com que o poder público se torne responsável pelo estabelecimento de medidas para incentivar e garantir sua perpetuação.
Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineiras. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, “charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis no dia 6 de janeiro.
Estiveram presentes à cerimônia os secretários de Estado de Educação, Macaé Evaristo; do Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha; de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; de Desenvolvimento Agrário, Neivaldo de Lima Virgílio; além da presidente do Iepha, Michelle Arroyo, entre outras autoridades.
Crédito (foto): Veronica Manevy/Imprensa MG
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Folia de Reis preservada no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte
Folia de Reis em Santê, tradição preservada pela família Naves
Sexta-feira, 6 de Janeiro, como reza o calendário, é Dia dos Santos Reis e como manda a tradição, é dia de cortejo da Folia de Reis. Em Santa Tereza, a manifestação religiosa e cultural vem sendo mantida há anos pelos irmãos Naves: Lúcia, Catito, Mauro, Guilherme, Anselmo e Glória.
A Folia é como uma herança familiar, explica Lúcia Naves, que coordena a preparação para o cortejo. “Minha mãe fazia sempre a folia aqui no bairro, cuja tradição ela recebeu de meu avô, José Cândido Correa. Com ela aprendemos a comemorar o Dia do Santos Reis e recebemos a responsabilidade de continuar com a tradição. É o que sempre fizemos e faremos este ano, louvar o Menino Deus e seguir as lições de nossa mãe”.
A Folia é como uma herança familiar, explica Lúcia Naves, que coordena a preparação para o cortejo. “Minha mãe fazia sempre a folia aqui no bairro, cuja tradição ela recebeu de meu avô, José Cândido Correa. Com ela aprendemos a comemorar o Dia do Santos Reis e recebemos a responsabilidade de continuar com a tradição. É o que sempre fizemos e faremos este ano, louvar o Menino Deus e seguir as lições de nossa mãe”.
Assim, mo dia 6 de janeiro a Folia de Reis estará na rua em Santa Tereza, com os cânticos puxados pela sanfona do Catito Naves, com o violão do Juca e dos outros instrumentistas da Confraria de São Gonçalo, que, desde o ano de 2016, passou a integrar o cortejo. Além dos instrumentistas, o coral da Confraria, também participa regido pelo maestro Márcio Matias.
Parceria com o MIS Cine Santa Tereza
A Folia este ano conta com a parceria do MIS Cine Santa Tereza, que exibirá o filme O Quarto Rei, às 17h.
Sobre o filme: Com direção de Stefano Reali, é de 1997 e trata-se de uma ficção que reconta a bonita e sofrida aventura dos reis magos, seguindo a estrela de Belém para encontrar o Rei dos reis, Jesus. Alazar, o quarto rei, é criador de abelhas, chamado rei das abelhas Com a venda do mel ele sonha dar melhores condições de vida para a esposa Izira e para o filho que vai nascer. A rotina é interrompida com a chegada do rei Balthazar e a seguir dos outros dois reis magos.
Logo após, o cortejo sairá do cinema, passando pela Praça de Santa Tereza e indo até à Igreja, onde louva o Menino Deus no presépio e participa da missa.
Serviço
Folia de Reis em Santa Tereza
17h – Exibição do filme O Quarto Rei, no MIS Cine Santa Tereza
18h30 – Saída do cortejo, em frente ao cinema (Rua Estrela do Sul 86)
19h – Celebração da Missa e visita dos “Reis Magos” ao presépio
20h – Saída do cortejo
17h – Exibição do filme O Quarto Rei, no MIS Cine Santa Tereza
18h30 – Saída do cortejo, em frente ao cinema (Rua Estrela do Sul 86)
19h – Celebração da Missa e visita dos “Reis Magos” ao presépio
20h – Saída do cortejo
Confira o ensaio da Família Naves e da Confraria na segunda-feira, dia 2 de janeiro.
O que é a folia?
A Folia de Reis é uma manifestação da cultura popular com séculos de tradição, que foi trazida ao Brasil pelos portugueses. De fundo religioso faz parte das festas natalinas, quando se comemora o nascimento de Jesus Cristo.
Segundo a bíblia, o Menino Jesus recebeu a visita dos três Reis Magos, guiados pela estrela. É essa visita que é representada pela Folia, onde há a caracterização dos três Reis Magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) em visita ao Menino Jesus.
Segundo a bíblia, o Menino Jesus recebeu a visita dos três Reis Magos, guiados pela estrela. É essa visita que é representada pela Folia, onde há a caracterização dos três Reis Magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) em visita ao Menino Jesus.
Tem ainda a participação de palhaços e músicos instrumentistas e cantores. À frente seguem as bandeiras feitas em tecido brilhante com estampas da Sagrada Família e dos Reis Magos. O cortejo é fechado pelos seguidores, que cantam ao som da sanfona, do reco-reco, da rabeca, do tambor. É um louvor ao nascimento do Menino Deus.
Os foliões, liderados pelo Capitão da Folia, seguem reverenciando a bandeira, carregada pelo bandeireiro. A bandeira carrega o símbolo da folia. Decorada com figuras que levam ao menino Jesus, feita geralmente de tecido, é enfeitada com fitas e flores de plástico, tecido ou papel, sempre costuradas ou presas com alfinete, nunca amarradas com nós cegos, para segundo a crença não “amarrar” os foliões ou atrapalhar a caminhada.
A primeira a entrar na casa, que recebe os foliões, é a bandeira. Então todos cantam a canção da chegada.
A composição de Ivan Lins, “A Bandeira do Divino”, retrata bem o cortejo.
Os devotos do divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do Menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do Menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai
Deus vos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome, ai, ai
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome, ai, ai
A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa, ai, ai
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa, ai, ai
Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva, ai, ai
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva, ai, ai
Assim como os três Reis Magos
Que seguiram a estrela-guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai
Que seguiram a estrela-guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai
No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai
No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Folias de Reis fazem cortejo pelo Circuito Liberdade
Encontro de Folias de Contagem |
A expectativa é que Conselho de Patrimônio reconheça as Folias como patrimônio imaterial
No próximo dia 6 de janeiro, dentro da programação do Natal Minas Gerais 2016 do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - Iepha-MG, Circuito Liberdade e Secretaria de Estado de Cultura, cerca de 200 integrantes de grupos de Folias de Reis se reúnem para uma grande festa de celebração da cultura popular mineira, com música e dança.
A concentração, na data em que se comemora o Dia de Reis, será no Museu Mineiro, a partir das 18 horas. Em seguida, o cortejo sairá em visita aos espaços do Circuito Liberdade que participam do Circuito de Presépios e Lapinhas. A data marca também a reunião do Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep), ocasião na qual o colegiado irá analisar o dossiê de registro das Folias de Minas e deliberar sobre o seu reconhecimento como Patrimônio Imaterial do Estado.
O Iepha-MG apresentará ao Conep os resultados de um ano de pesquisas, que revelaram mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias em Minas Gerias. Toda a documentação está sendo finalizada e irá para a avaliação dos membros do conselho, formado por 20 integrantes da sociedade civil e de instituições públicas.
A realização do Circuito de Presépios e Lapinhas neste Natal se constitui como uma ação de salvaguarda das Folias de Minas. Para fortalecer a iniciativa, além dos espaços culturais do Circuito Liberdade, cerca de 250 presépios – residenciais e comunitários – foram montados para visitação em cerca de 150 cidades mineiras.
Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineira. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis.
O processo de reconhecer uma manifestação tão significativa em um patrimônio imaterial é de extrema importância. Quando um bem é reconhecido, além de ganhar visibilidade, tornando-se mais conhecido, faz om que o poder público torne-se responsável pelo estabelecimento de medidas de salvaguarda, capazes de incentivar a perpetuação da manifestação cultural.
A expectativa é que, depois do reconhecimento, o diálogo com os grupos sejam ampliados, criando um canal de comunicação para trocas de ideias permanentes.
O fundador da Folia de Santos Reis da Paróquia São João Evangelista de Belo Horizonte, João Ferreira Lopes - mais conhecido como João da Folia - fala com orgulho sobre a importância dessa tradição. “Quando eu fundei o grupo, há 25 anos, nós não tínhamos nada, nem roupas nem instrumentos. Mas crescemos e hoje fazemos um trabalho mais rico. A nossa folia é daquela bem tradicional e, enquanto eu estiver vivo, vamos continuar realizando o cortejo”, diz ele, que aos 66 anos mantém toda a disposição para a folia.
João da Folia destaca ainda a importância da reunião de diversos grupos, como a que vai acontecer na Praça da Liberdade no dia 6 de janeiro. “É legal já que cada folia tem suas diferenças, é bom, porque assim, o povo pode conhecer mais essa cultura”, diz.
Evento: Grupos de Folias no Circuito Liberdade
Data: 06/12/2017
Horário: A partir das 18h
Local: Concentração no Museu Mineiro
A concentração, na data em que se comemora o Dia de Reis, será no Museu Mineiro, a partir das 18 horas. Em seguida, o cortejo sairá em visita aos espaços do Circuito Liberdade que participam do Circuito de Presépios e Lapinhas. A data marca também a reunião do Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep), ocasião na qual o colegiado irá analisar o dossiê de registro das Folias de Minas e deliberar sobre o seu reconhecimento como Patrimônio Imaterial do Estado.
O Iepha-MG apresentará ao Conep os resultados de um ano de pesquisas, que revelaram mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias em Minas Gerias. Toda a documentação está sendo finalizada e irá para a avaliação dos membros do conselho, formado por 20 integrantes da sociedade civil e de instituições públicas.
A realização do Circuito de Presépios e Lapinhas neste Natal se constitui como uma ação de salvaguarda das Folias de Minas. Para fortalecer a iniciativa, além dos espaços culturais do Circuito Liberdade, cerca de 250 presépios – residenciais e comunitários – foram montados para visitação em cerca de 150 cidades mineiras.
Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineira. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis.
O processo de reconhecer uma manifestação tão significativa em um patrimônio imaterial é de extrema importância. Quando um bem é reconhecido, além de ganhar visibilidade, tornando-se mais conhecido, faz om que o poder público torne-se responsável pelo estabelecimento de medidas de salvaguarda, capazes de incentivar a perpetuação da manifestação cultural.
A expectativa é que, depois do reconhecimento, o diálogo com os grupos sejam ampliados, criando um canal de comunicação para trocas de ideias permanentes.
O fundador da Folia de Santos Reis da Paróquia São João Evangelista de Belo Horizonte, João Ferreira Lopes - mais conhecido como João da Folia - fala com orgulho sobre a importância dessa tradição. “Quando eu fundei o grupo, há 25 anos, nós não tínhamos nada, nem roupas nem instrumentos. Mas crescemos e hoje fazemos um trabalho mais rico. A nossa folia é daquela bem tradicional e, enquanto eu estiver vivo, vamos continuar realizando o cortejo”, diz ele, que aos 66 anos mantém toda a disposição para a folia.
João da Folia destaca ainda a importância da reunião de diversos grupos, como a que vai acontecer na Praça da Liberdade no dia 6 de janeiro. “É legal já que cada folia tem suas diferenças, é bom, porque assim, o povo pode conhecer mais essa cultura”, diz.
Evento: Grupos de Folias no Circuito Liberdade
Data: 06/12/2017
Horário: A partir das 18h
Local: Concentração no Museu Mineiro
Publicado em: http://www.cultura.mg.gov.br
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